Com seu estilo ousado, batidas marcantes e letras que misturam empoderamento e diversão, Deb Lima é hoje um dos nomes mais pulsantes da música pernambucana. Natural do Recife, a artista ganhou projeção nacional ao unir o brega funk com o cenário digital, ultrapassando a marca de 10 milhões de streams com o hit “Me Usa” e levando o som do Nordeste para os palcos, inclusive internacionais, como em Paris. DJ, produtora e cantora, Deb também é símbolo de representatividade feminina dentro de um gênero majoritariamente masculino, e chegou à Casa da Praia da Aloha Influencer para mostrar mais uma vez por que é referência.
A Casa da Praia, que está em sua quinta temporada, se firmou como um dos maiores projetos de conteúdo colaborativo do país, reunindo mais de 40 influenciadores de diferentes regiões do Brasil. Nomes como Cunamata, MC Thammy, Joana Amorim, Muca Muriçoca, Thiago Barros e Rian Heil marcam presença na experiência, que mistura música, lifestyle, desafios e gravações criativas com vista pro mar de Serrambi, em Pernambuco.
Ao longo dos dias, os participantes têm produzido conteúdos exclusivos, participado de festas temáticas, rodas de conversa e, claro, curtido shows como o de Deb Lima, que transformou o espaço em uma verdadeira rave à beira-mar. Com seu carisma inconfundível e beats dançantes, ela encantou não só o público presente, mas também as redes sociais dos influenciadores que compartilharam a vibe contagiante do momento.
E é sobre isso, trajetória, internet, música e futuro, que vamos conversar agora com ela. Deb Lima fala com exclusividade sobre sua participação na Casa da Praia, sua carreira e os próximos passos que prometem fazer ainda mais barulho.
ENTREVISTA
Pergunta: Essa é a quinta realização da Casa da Praia, um evento realizado pela Aloha, e que reúne influência e música, com influenciadores de todo o Brasil. Como foi pra você participar disso?”
Deb Lima: Foi o primeiro evento grande de influenciador que participei, já participei de alguns menores, com menos gente, mas de fato, esse foi o primeiro que eu pude mostrar o meu show, pra tocar o que eu queria, a galera tava muito animada. Eu vi que no começo tinham grupinhos separados, mas rapidamente a galera foi pela música, coreografia, daqui a pouco tava todo mundo junto, curtindo, foi muito bom, e acho que os fatos explicam, que a gente tava aqui, disseram que era até 2h (duas horas da madrugada), foi até 2h15 (duas e quinze da madrugada), e eu acho que isso aí é o que fica, foi muito bom estar aqui e espero ser convidada para as próximas edições.
Pergunta: De uns tempos pra cá, o bregafunk tem evoluído muito, principalmente nos últimos 5 anos, e acreditamos que a internet tem ajudado o bregafunk e outros estilos daqui do estado tenham ganhado mais fama. Você que trabalha com esse estilo, como você percebe o antes e depois com essa ascensão da internet dentro do breagafunk?
Deb Lima: Eu acho que desde a pandemia teve essa ascensão, antes da pandemia eu não lembro muito, mas eu sei que era uma “parada” que era criminalizada, tinham grupos de bregafunk na cidade e a polícia realmente coagia, tirava os sons. Há muito tempo eu não me limito como uma DJ de bregafunk, mas eu toco muito, porque faz parte da minha história, quando eu comecei a ganhar relevância aqui em Recife, foi por conta do bregafunk, porque eu levava o bregafunk pra “Classe A”, que no começo, não chagava, tinham artistas que iriam fazer festas de aniversário, então, a primeira coisa que eu fiz quando eu decidi entrar no bregafunk, foi produzir músicas com produtores de bregafunk, que era o WR, que até hoje é referência pra mim, e chamei os dançarinos do bregafunk, como Vitor Santiago e até hoje, onde a gente vai e toca, sempre faço um bloco de bregafunk antigo, pra quem curte mesmo e as pessoas sempre aceitam.
Pergunta: Como você escolhe o seu repertório?
Deb Lima: Geralmente todo show tem um repertório específico, mas eu tenho uma base do show, com músicas autorias, remixes que funcionam independente de idade, local, tenho muita coisa que funciona nacional também, pela experiência que eu tenho com prefeitura, tenho muito remix de sertanejo, forró, porque eu sei que a galera gosta. Mas muda muito, se eu for tocar em um 15 anos hoje, já é diferente, aqui na Casa da Praia, eu sabia que era do Brasil todo, eu dei uma buscada no tiktok também pra ver os sons recentes, então eu busco muito agradar a todos ao máximo.
Pergunta: Quanto tempo dura pra fazer um remix?
Deb Lima: No começo, eu demorava uma semana, hoje em dia com IA e outras coisas, a gente faz em 2 dias, mais ou menos.
Pergunta: Hoje em dia, sabemos que o lado de DJs, bregafunk e muitos outros, é formado, em grande maioria, pelo público masculino. Você, como uma representante feminina, o que você pode dizer a outras meninas que querem seguir essa carreira?
Deb Lima: Realmente, não só no ramo de artista, cantora ou DJ, mas como de empresária mesmo e business, acredito que falta muita figura feminina, as que tem são muito boas, tipo Liniker, mas aqui no nordeste eu sinto, eu sofri muito preconceito, logo quando eu era iniciante, o pessoal começou a me respeitar mais quando eu estourei com a música “Me Usa”, mas a maioria são homens, muitas vezes eu era a única DJ da grade de várias festas. Mas estamos aí pra abrir caminho, meu instagram também está a disposição pra divulgar ou ajudar compartilhando, pedindo conselho, porque o caminho é esse, a gente tem que ajudar.
Pergunta: Qual o plano pra Deb Lima do futuro?
Deb Lima: Principalmente estourar nacionalmente, já tivemos algumas músicas que andaram, tipo “Me Usa”, “Saudade” mas nenhuma consolidou, de fato, e a gente tá tentando isso com música autoral ou remix, tivemos um no são joão que andou muito bem, que foi Pagode Russo, que várias pessoas entraram, como Léo e Jade Picon, bateu 1 milhão e estamos nessa busca.
Pergunta: De onde vem a inspiração pra compor músicas?
Deb Lima: Eu tenho muitas referências, hoje em dia, que atua, eu tenho Dennis e Pedro Sampaio, tenho muito Anitta como referência, e uma galera das antigas, como Rita Lee, eu gosto muito da doideira dela, tô querendo misturar uma parada antiga com funk e do nordeste com funk também pra criar uma identidade minha pra diferenciar, e Alok também é muita referência, se comunica com todo mundo, que nacional e internacional, tenho muito esse sonho também.