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Luto Invisível: A Dor Profunda da Perda de um Animal e o Que Eles Nos Ensinam

Por Lelê Abdala

A sociedade ainda luta para validar a dor da perda de um animal de estimação, um luto profundo e real que, muitas vezes, é minimizado com frases como “adote outro”. No entanto, a conexão emocional com nossos pets ativa os mesmos circuitos cerebrais do amor familiar, revelando que eles são, neurologicamente, parte de nossa família.

O espiritualista Lele Abdala destaca a ausência física deixada por um animal: o sofá vazio, a tigela parada, o silêncio que muda de forma. Essa “dor invisível” carece de rituais e acolhimento social, mas é sentida intensamente por quem a vivencia. Abdala ressalta que, segundo Carl Jung, os animais possuem uma “totalidade instintiva” e uma “conexão pura com a vida” que nós, humanos, perdemos, e é essa simplicidade que nos ensinam.

Nossos companheiros de quatro patas nos mostram a importância de gestos simples como esperar na porta, festejar reencontros, descansar e brincar sem motivo. São mestres silenciosos que, ao partirem, nos deixam a missão de continuar aprendendo com o amor incondicional que nos ofereceram. O luto por eles é, portanto, um convite à reflexão sobre nossas relações humanas, questionando a complexidade que criamos em contraste com a simplicidade do amor animal.

A polêmica reside na dificuldade da sociedade em reconhecer e respeitar esse luto. Falar abertamente sobre a dor da perda de um animal é fundamental para que ninguém precise sofrer em silêncio por amar profundamente um ser que, para muitos, é um membro insubstituível da família.

Lelê convida o leitor a compartilhar suas experiências, respondendo à pergunta: “Qual foi a maior lição que um animal deixou em sua vida?”. Ao dar voz a essa dor, damos voz também ao amor que eles representam.

Saiba mais: @leleabdala
Foto: Moisés Pazianotto

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