ÚLTIMAS POSTAGENS

Redução da taxa Selic em agosto? Analista financeiro explica como isso afeta os investimentos em FIIS

Investidores em FIIS vivem a expectativa para que haja uma flexibilização da taxa básica de juros. Isso porque o encontro do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central -,  que acontecerá no próximo mês de agosto, deve indicar cortes da Selic. Isso fará com que, consequentemente, a taxa vá para 12% até o fim do ano. Atualmente, ela está 13,75%, o que é considerado muito elevado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A taxa, que é muito falada em discussões de economia, é a responsável por influenciar todas as taxas de juros no Brasil, como as cobranças em empréstimos de bancos ou até em situações em que um investidor recebe ao aplicar o seu dinheiro. De acordo com o analista financeiro Valtair Justino, a redução dos juros deve valorizar os fundos imobiliários.

Analista financeiro Valtair Justino

A SELIC deve começar a recuar em breve e, consequentemente, os FIIs já começaram a subir, pois o mercado se antecipa. A queda da Taxa Selic abre uma oportunidade para os fundos imobiliários, principalmente porque com essa queda a renda fixa deixa de ser tão atrativa como ela estava com a taxa em 13,75%”, explica.

Ainda segundo o analista, o momento é favorável para aplicações em FIIS “tijolo”, que é um tipo de fundo que está atrelado diretamente aos imóveis em zonas urbanas ou rurais, sendo comerciais ou residenciais. Além disso, é interessante pensar nos fundos high grade, que é um investimento de renda fixa com crédito e alta qualidade, como ações e títulos públicos.

O preço do aluguel e os dividendos influenciam. O preço dos fundos imobiliários acompanham muito os dividendos. Se eles sobem, o preço dos fundos sobe também. O mercado é muito sensível aos preços. Quem vai investir em FIIS tem oportunidades em 2023 e 2024. Quem não começou, aconselho a aproveitar. Estamos no início de um ciclo de transição, tanto para fundos imobiliários quanto para as ações”, detalha.

Além disso, Valtair acredita que a Selic pode chegar a 10% até o primeiro semestre do próximo ano. Dessa forma, a renda variável se torna mais atrativa e, consequentemente, eleva a demanda. “A gente vai para a questão da oferta e da demanda. Quanto maior a demanda, os ativos se tornam mais escassos e então o preço também acaba subindo mais”, reforça.

De acordo com a última pesquisa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que ouviu 19 bancos do país, a expectativa é que aconteça um primeiro corte moderado de 0,25 e, ao longo dos meses, possa acontecer uma aceleração de 0,50 até dezembro de 2023.

ÚLTIMAS POSTAGENS

NÃO PERCA